quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Projeto 6ª série - 64

JUSTIFICATIVA

A aprendizagem vai além da sala de aula. Seu objetivo maior é dar autonomia ao educando para que ele possa se inserir na vida social, interagindo com os diversos textos e contextos, onde a leitura e a escrita se fazem imprescindíveis de diferentes modos e lugares diversos, desde uma placa de trânsito a uma crônica de um jornal. Dentro desse enfoque elas se apresentam como essenciais para o homem contemporâneo. O domínio da leitura capacita o aluno a inserir-se na cultura do seu tempo, a ler o mundo.

De acordo com Farina (1997) ”as idéias de um livro contribuem para refletir sobre nós e a realidade. As modificações, num efeito-cascata, manifestar-se-ão de imediato. A cabeça não será mais a mesma, porque as idéias, agora enriquecidas pela reflexão, levarão o leitor apara a contestação e a criatividade.” Através do contato com a leitura e a escrita podemos estabelecer no educando hábitos e estruturas mentais que o capacitem a apreender e a decodificar o conhecimento e à vida social.

Para que se atinja o desenvolvimento da leitura e escrita num ambiente escolar se faz necessário que o aluno entenda e perceba qual é a função social da escrita e o porquê de sua existência. Para isso ele deve ler e escrever muito, como também ter contato com textos diversos, que sejam interessantes e do seu interesse e assim refletir sobre as idéias, formular opiniões numa ação interativa, mediada pelo professor.

O processo da leitura e escrita deve ser prazeroso e fazer parte da vida do aluno, para isso ele deve conhecer seus diferentes usos e funções, estes devem extrapolar o universo escolar.

O aluno que escreve e expões suas idéias com coerência e unidade textual já percorreu outros saberes anteriores a este, tais como o senso crítico.

A fala e o letramento fazem parte de um processo pelo qual os alunos passam. A fala inicia muito cedo, ela traz marcas de identidade do indivíduo, sua cultura, já o letramento é ensinado e compreende o domínio de ler e escrever. De acordo com Marcushi a escrita não representa a fala, estas são diferentes, mas as diferenças são graduais e contínuas. O aluno, hoje, está cansado de ser um leitor passivo. Sua proposta é que através da elaboração de atividades voltadas para as praticas de produção de texto desperte o interesse dos alunos pela leitura e o interesse pela produção de textos. Para ele “a retextualização é um meio de reflexão sobre a língua e a sua produtividade semântica, um meio de aprender com a troca de experiências lingüísticas além de atualizar outros conhecimentos e ampliar a leitura de mundo, e de praticar uma ‘gramática de texto’”.

Segundo Marcuschi “não se pode confundir retextualização com transcrição. Devem-se levantar os problemas comunicativos originados principalmente pela seleção vocabular inadequada”, o que levará o aluno a uma melhor adequação vocabular, conseqüentemente uma melhor organização de suas idéias. Enfim para que ele tenha sucesso como escritor é importante, também, que ele reescreva seu texto, faça as correções necessárias tornando-o mais claro, adequado linguisticamente e condizente com a proposta da produção inicial.